quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

POEMA DE NATAL por Arlindo de Castro

                           
Belém...
Longe daqui, no fundo de uma estrebaria,
nasceu Jesus, o Rei do mundo!...

Os fiéis, nas igrejas, bimbalham os sinos,...
Bimbalham, bimbalham, e os bronzes, feridos,
batendo, cantando, bem alto, bem fino,
proclamam, aos gritos, com muita harmonia:

Belém, acorda!...Belém acorda!...
Tudo é alegria!...Tudo é alegria!...

E a noite, enluarada e ruidosa, era um dia,
era um dia ruidoso em que, finos e firmes,
os sinos gritavam de bocas abertas:

Palestina, sus!...Palestina sus!...
Já nasceu Jesus!...Já nasceu Jesus!...

Como toda criança, Ele nasceu pequeno,
porém, no claro azul do seu olhar sereno,
todo o azul do céu azul por Deus cabia,
cabia como Ele, o Nazareno
coubera no ventre de Maria.

Poema de Arlindo de Castro do livro Sinfonia bárbara, presente dos meus ex-alunos Arlindo e Paulo, de onde selecionei este lindo poema, que envio a vocês com meu abraço e com votos de
BOAS FESTAS.
            

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Ano Theodoro De Bona - Morretes 2014

Para homenagear Theodoro De Bona pelos seus 110 anos Morretes, local do seu nascimento, realizou extensa programação  no dia 31 de outubro aniversário da cidade.
Pela manhã um belo desfile escolar mostrou a trajetória do pintor ao longo da sua vida. 
Vejam algumas fotos do evento:
"Nao pintei, já esta pronta.... Minha cidade. Morretes"


Cezira Bertazoni De Bona
mãe do pintor, a quem ele dedicou a
magnifica obra Via Sacra.





À tarde foi inaugurada a Sala Theodoro De Bona na Casa Rocha Pombo, com a presença de autoridades, familiares e amigos.



 Na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Porto foi instalado um Painel com fotos e fatos relacionados a vida do grande pintor.







Usina de açucar Malucelli

Em homenagem ao dia de Morretes e a toda família MORRETENSE
Poesia de Eugenio Bertolli
Publicada no jornal de 31/10/1951


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Morretes, por Joaquim Serapião do Nascimento

Da coleção particular Marcos Luiz De Bona - Recortes de jornais - vol. IV


A Morretes
 
De colinas rodeada
Pelo Marumbi guardada,
Morretes sorrindo viça;
Do Nhundiaquara é ela
A caboclinha singela,
Que enleia, prende, enfeitiça.

Vasta verdura é seu manto
Perfumado pelo encanto
Das flores, dos laranjais:
Vergando, se sopra o vento,
Murmuram, como um lamento,
Extensos canaviais.

Em seu solo, em fumo espesso,
Corre o motor do progresso,
A par da eletricidade:
Labutam todos os anos,
Caboclos italianos,
Buscando prosperidade.

Na partilha a natureza
Deu-te frutos, flor, beleza,
Caráter firme, bem raro,
Deu-te filhos de talento,
Luzeiros do pensamento,
Pombo, Moraes, Netto, Amaro.

Astro já foste fulgante
Desse comércio imponente
De tempos que já lá vão,
Quando no rio as canoas
Erguiam pesadas proas,
Trazia a tropa o surrão.
 
Barreiros, lá sem conforto
Solitário de seu porto
Sem ter mais navegação;
Do velho pequeno hiato
Que vinha carregar mate
Resta só recordação.
 
Da "vergonha" a cachoeira,
Que dava tanta canseira
Tristonha, chorosa, está;
Recordando o dia inteiro,
As lutas do canoeiro
As glórias extintas já.
 
Mas se tu não tens agora
O movimento de outrora,
Repleto de tantos brilhos,
Tem o teu fasto arquivado,
O teu nome bem gravado
No coração dos teus filhos.
 
Joaquim Serapião do Nascimento - 1953

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Morretes por Octavio Secundino


Poesia de Octavio Secundino, nascido em Antonina, mas "morretense de coração" como podemos ler nestas linhas onde fala da nossa cidade com carinho e saudades.

Publicada no Jornal de Antonina, em 15 de agosto de 1959


Manuscrito do autor ofertado ao amigo De Bona
 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Discurso proferido quando a imagem de Nossa Senhora do Porto retornou de Curitiba, em 17 de agosto de 1956.

Quando Nossa Senhora do Porto, excelsa padroeira de Morretes, regressa de sua viagem vitoriosa à Capital do Estado, é com o maior júbilo e o coração transbordante de alegria, que A vemos de volta em nosso seio, para receber dela as bênçãos que dadivosamente distribui.
Pela primeira vez em toda a sua história, nossa querida Padroeira, Mãe sublime do Redentor, ausentou-se do seu santuário, e bastaram tão poucos dias, para que os corações dos seus amorosos filhos se enchessem de saudade.
Nós, porém, que aqui vivemos e gozamos a bem-aventurada companhia de nossa Santíssima Virgem, não devemos lamentar a ausência da querida Santa, porque seu amor, suas bênçãos, a proteção do seu manto, também merecem S. Exª. o Sr. Arcebispo Metropolitano, a quem foi homenagear, e especialmente merecem muito também os filhos de Morretes que estão longe do seu torrão natal e que não A esquecem um só momento. Foi, pois, com justiça, que a milagrosa Nossa Senhora do Porto foi conduzida ao Centro Morretense de Curitiba, onde foi condignamente recepcionada. Muito comoventes as expansões de fé e carinho daqueles que acorreram para beijar o seu manto, para entoar hinos de louvor, para elevar preces ao altíssimo, na oportunidade da reunião de Morretenses que, esquecendo todas as amarguras da vida, ali estavam irmanados, sentindo-se como se estivessem em Morretes.
O Raio
Nós que A vimos partir há tão poucos dias, tivemos a certeza de que a viagem da Santa a Curitiba seria triunfal, e eis que previmos o que verdadeiramente aconteceu.
Neste instante, tão emocionante, nos pomos a meditar sobre quanto tempo faz que Nossa Senhora do Porto nos ampara e nos protege! Quando o rio Cubatão, hoje Nhundiaquara, era porto obrigatório de paragem de canoas, era uma obrigação costumeira dos canoeiros virem depor aos pés da Virgem a sua melhor oração, cada vez que chegavam.
Depois, tivemos conhecimento dos principais milagres da Virgem, dentre eles aquele em que um dos filhos da viúva João Malucelli (Bepim), mais um irmão e um primo, salvaram-se milagrosamente de um raio, porque em tempo oraram com fervor a Nossa Senhora do Porto. Abrigados que estavam da chuva impiedosa debaixo de uma bananeira, só tiveram tempo de mudar de lugar passando para outra, e eis que uma saraivada de faíscas atingiu o abrigo anterior. Esse milagre foi retratado por Theodoro De Bona numa tela que recebeu o nome   O Raio.
A Tempestade
Outro milagre mais empolgante aconteceu com o falecido Júlio Vila Nova e seus filhos Levito e Itália, que elevaram suas preces e foram salvos da fúria do mar após o furacão ter partido o mastro de sua frágil embarcação, quando atravessavam a baía de Paranaguá. O mar, que era bonançoso, num momento tornou-se qual fera indomável. O desolado pai sabia que ia perecer porque a embarcação não permitia a defesa contra as ondas. Cheio de resignação, ele entregou sua sorte e a dos seus estremecidos filhos à proteção da incomparável e milagrosa Santa. Daí a momentos o vento amainou, o mar tornou-se qual plácido Nhundiaquara, e eles salvaram-se, para serem testemunhas de tão grandioso milagre!
 
Morretenses, saibamos amar a nossa Padroeira. Pautemos os nossos atos, a nossa conduta, pedindo sempre a Ela que nos guie em nossos empreendimentos, pois certa será a nossa vitória.
Nossa Senhora do Porto!
Com a parcela dos nossos amorosos sentimentos por Jesus Cristo, sob vossa proteção, teremos contribuído para firmar a tradição secular de nossa fé, tesouro que se descortina deslumbrante aos nossos olhos.
Lançai as vossas vistas, ó Mãe eterna e Senhora Nossa, sobre Morretes e seu povo, fiel guardião das tradições dos nossos antepassados, daqueles que nos transmitiram o amor e veneração por Vós, tocando os nossos corações com os sentimentos sublimes do temor a Deus e amor ao próximo.
Salve Maria!
 

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Notícias de Morretes - Anhaia por Odilon Negrão





 
Odilon Negrão

Odilon Negrão poeta, cronista e escritor, nasceu em Morretes no Anhaia em 1908, escreveu sobre a sua infância simples entre os caboclos do sítio, e sua existência de homem adulto e civilizado vivendo em meio a futilidade da cidade grande. 
Quanta decepção!
Tendo em vista a atualidade do texto segue abaixo o artigo publicado em jornal em julho de 1948.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Notícias de Morretes - Uma festa no Anhaia (1938)



Anhaia um dos belos sítios do município de Morretes colonizado no século XVI e muito importante no passado, foi a primeira ligação entre o litoral e o planalto. Hoje recebe muitos visitantes atraídos pelas belezas naturais da Mata Atlântica como o Parque do Pau Oco, Salto da Fortuna e alambiques históricos (dois produtivos e vários desativados) e uma pequena capela onde os faiscadores da época oravam pedindo proteção em suas expedições pela Serra do Mar.
 
 
 Anualmente na igreja de São Pedro, construída em 1930, realiza-se uma grande e tradicional festa em louvor ao grande apóstolo de Cristo. Com imensa participação dos devotos inclusive de outras cidades acontecem as novenas, rezas de terço, e no domingo missa solene e procissão, leilão de prendas, churrasco e o nosso famoso barreado. A
 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Notícias de Morretes - Copa do Brasil 1938


COPA  DE  1938  REALIZADA NA FRANÇA
Campeã: Itália, vice: Hungria, 3º lugar: Brasil

Artilheiro da Copa o brasileiro Leônidas da Silva (terceiro da foto na linha de cima com 7 gols).
Viva voz - os brasileiros acompanharam pelo rádio, pela primeira vez, a transmissão ao vivo de todos os jogos.
Soy loco por ti América...O Brasil foi o único país da América do Sul a encarar uma longa viagem de navio para participar da Copa do Mundo.



Esta foto faz parte da coleção de recortes de jornais do meu pai, encontra-se na página 97 do primeiro álbum




Notícia publicada em jornal no dia 13 de dezembro de 1938
Álbum nº1, página 69

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Notícias de Morretes: Srta Odete Brambilla - Miss Morretes 1928


Amigos do meu blog
Com a colaboração do nosso conterrâneo historiador Eric Hunziker, que em suas pesquisas encontrou, me enviou e eu repasso o resultado do concurso de beleza realizado em Morretes no ano de 1928, em que saiu vencedora a formosa e graciosa senhorita Odete Brambilla,  minha tia.
Publicado no jornal:   A REPÚBLICA, 16 DE JANEIRO DE 1929, Edição nº 13, página 1.
 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Notícias de Morretes: Anuário do Estado do Paraná, ano 1930

Contribuição da Karin Muller Malucelli, frequentadora de arquivos antigos a procura de informações sobre as família Muller, De Bona e Azim.
"Anuário do Estado do Paraná de 1930", em três folhas, com dados do município na primeira pagina a direita embaixo.  Segunda e terceira pagina são de repartições federais e estaduais, administração, associações, comércio, etc. Contendo muitos parentes e pessoas conhecidas.



quarta-feira, 28 de maio de 2014

Notícias de Morretes - parte II


Com estas postagens desejo oferecer a todos momentos de agradáveis recordações ,
com notícias e curiosidades de Morretes da década de 40.
Destaque para o concurso de robustez infantil com lindos bebês, ocorrido
no dia 31 de outubro de 1948.






 
 

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Notícias de Morretes e curiosidades de 1938

Segue hoje a notícia sobre a inauguração do retrato de Getúlio Vargas no paço municipal (Morretes), publicada dia 26 de maio de 1938. O recorte encontra-se na página 83 do livro II.
Outras notícias da época: aniversários, falecimentos, acidente e também programa de cinema. Filme – O CORVO, com o desempenho dos impressionantes Frankstein e Drácula...  




quarta-feira, 30 de abril de 2014

CENTENÁRIO DE MARCOS LUIZ DE BONA - PARTE 3

No início do século passado os meios de comunicação eram escassos, as notícias chegavam a nós através do rádio, revistas, jornais e da televisão, inaugurada no Brasil no dia 18 de setembro de 1950. Hoje, passados 64 anos, dispomos de uma imensidão de recursos para acompanhar os noticiários do mundo inteiro.

Meu pai que desde jovem, participou efetivamente dos acontecimentos da nossa cidade tinha o hábito de recortar e colar em cadernos as publicações sobre Morretes e morretenses. Reuniu milhares de recortes de jornais ao longo da vida, que deram origem a 6 álbuns, fonte de informações preciosas sobre acontecimentos ocorridos em nossa cidade.