Independência ou morte Tela de Pedro Américo |
Os cidadãos Morretenses reúnem-se mais uma vez para comemorarmos, no dia de hoje, a Independência da nossa Pátria. Nosso passado está pleno de exemplos dignificantes, em que nosso povo pôs em evidência os seus sentimentos de brasilidade. Nossa história contém páginas de ouro, escritas com a bravura dos nossos soldados, guiados por seu ideal patriótico ou por senso de justiça. (...)
Dentre as passagens mais emocionantes da História do Brasil, testemunhas de que aquela Independência conquistada por D. Pedro I, José Bonifácio e tantos outros, haveria de ser conservada com o sacrifício mesmo das próprias vidas dos brasileiros, desejamos citar o episódio do Tenente Antonio João. O Tenente que, em 1865, com uma pequena escolta na fronteira de Mato Grosso, pressentiu a invasão das tropas paraguaias, foi convidado a se render. Respondeu a seus adversários que jamais o faria e, depois de arrasado com seus companheiros, deu oportunidade a que fosse encontrado um bilhete seu com estes dizeres: “sei que morro, mas o meu sangue e o dos meus companheiros servirá de protesto solene contra a invasão do solo da minha Pátria”. (...)
Em Monte Castelo, Montese e outros palcos de lutas foram escritas páginas de heroísmo, e é orgulho para nós, Morretenses, termos contribuído com a participação dos nossos moços, entre eles: Olavo Rebelo, Batista Vieira, Francisco Ribeiro, Avelino Cordeiro, Laudinor Bornancin, Santino Martins, Benigno Pinto Filho, Hurbano Ribeiro Filho, Ernesto de Oliveira (Catarina), Pedro Trevisan Filho, Humberto Brites, Pedro Scucato, Pedro Costa, Douglas Negrão e Tarquino Feliciano. (...)
O povo brasileiro, a par desses dotes de bravura, possui o sentimento religioso, que o faz feliz e certo da proteção divina.
Essa é a razão pela qual comemoramos a data magna nacional, fazendo realizar, em praça pública, uma Missa em ação de graças. A Missa ao ar livre nos associa com a exuberante natureza que nos evoca fatos que falam à nossa alma e aos nossos corações. Quando, a 22 de abril de 1500, a frota de Pedro Álvares Cabral aportava às costas da nossa Pátria, vinham com ele alguns franciscanos, encarregados de incorporar a nova terra ao reino de Cristo. E eis que, a 26 de abril, apenas quatro dias após a descoberta, já era celebrada, no local denominado Coroa Vermelha, a primeira Missa em terras brasileiras. Alguns dias após, 1º de maio, celebrava Frei Henrique de Coimbra outra Missa festiva com solene sermão alusivo ao ato de posse da terra. Era a primeira vez que, no silêncio daquelas matas intermináveis, soavam as campainhas para anunciar a presença de Jesus Sacramentado.
Morretenses! Elevemos nossos agradecimentos a Deus pela proteção que tem exercido sobro o povo brasileiro e exortemos a nossa mocidade a seguir o exemplo de seus ancestrais, de amor, de bravura, de sacrifícios, em prol da Independência da nossa querida Pátria.
Nossa!!! Graças ao nosso ilustre tio Marquinhos, Morretes, tão pequenina, encravada ao pé da serra, celebrava com grande mérito todas as comemorações da nossa Pátria.Esse nosso tio era demais!!!Não perdia oportunidade, além de engrandecer nossa terra natal,dava uma explêndida aula de história aos morretenses.
ResponderExcluirImaginem o que ele deve estar aprontando lá em cima.....