Com a imponência dos morros altivos,
Que o embate dos anos não vence,
Eia, alerta! Troféus redivivos!
Eia, glórias do lar Morretense.
Ao entrarmos no dia de Morretes, sentimo-nos impulsionados a expandir nossa alegria, rendendo graças a Deus pela felicidade e prosperidade que desfrutamos hoje, resultado dos nobres e elevados sentimentos e capacidade de trabalho, dos seus amorosos filhos e dedicados amigos.
Comemoramos, neste momento, o ducentésimo décimo sexto aniversário do ato dos Oficiais da Câmara da Vila de Paranaguá, demarcando 300 braças de terra em nome de El Rei, no local em que residia o rendeiro João de Almeida.
Lembremos Nossa Senhora do Porto, sob a invocação da qual, por provisão do bispo de São Paulo, em 29 de abril de 1812, nossa terra foi elevada à categoria de freguesia.
Recordemos a data de 1º. de março de 1841 que elevou Morretes a vila, em seguida ao que, pela Lei nº. 188, de 24 de maio de 1869, fomos finalmente elevados à categoria de cidade.
Recordemos a fase áurea de Morretes, a sua contribuição para a Guerra do Paraguai, em que o Batalhão nº. 70, sob as ordens do Tenente Vaz Lobo, pagou com sangue o tributo do seu patriotismo, cumprindo assim os deveres de brasileiros. Volvamos nossas vistas para a opulência de 1880, os inúmeros engenhos de erva-mate, as minas de Penajoia, a vida social e literária, as tertúlias de Fernando Amaro, a presença do Morretense Manoel Alves de Araújo, como ministro do Império, a promoção de Frederico Ferreira de Oliveira, aqui nascido, para almirante da Esquadra Brasileira, o abade Escolástico de Faria, que teve a terra Nhundiaquarense como berço, e foi grande em sua vida de santo e de sábio. O aparecimento de O Povo, em sua campanha republicana, sob a direção do então esperançoso jovem Rocha Pombo, assistido pelo poeta de Sempre Vivas, José Moraes.
Voltemos nossos pensamentos para as lutas pela sobrevivência, logo que a estrada de ferro, por doloroso paradoxo, no afã de estender o progresso para o planalto, tirou da nossa terra a primazia da indústria e do comércio. Morretes decaiu, porém não esmoreceu. Seus filhos trabalharam, modificaram seus meios de subsistência, e eis que, após quarenta anos de pouco ou quase nenhum desenvolvimento trilhamos novamente a senda do progresso.
E o proclame o rumor do trabalho,
Semeador das searas eternas,
Como um cântico sacro do orvalho,
Despertando estas plagas maternas!
Morretes de hoje, não é somente berço de recordações felizes. Morretes de hoje é terra integrada no progresso do Paraná e do Brasil, progresso lento, mas por isso mesmo sólido. Desapareceram os engenhos de erva-mate, está inexplorada a Mina Penajoia, não são utilizados os sambaquis, mas temos a nova indústria do açúcar, a continuação das safras aguardenteiras, possuímos a indústria do papel, do papelão, das pastas mecânicas. Grandes lavouras. Comércio honesto e sólido. Temos vida própria.
No campo educacional um ginásio, além do bem disseminado ensino primário. No terreno da assistência social, somos amparados pelas organizações existentes. No que se refere à saúde, temos modernos Posto de Puericultura e Hospital Maternidade. É fato concreto o próximo calçamento da cidade e novo serviço de força e luz.
Aí está o progresso do momento. Eis como nos encontra o 31 de outubro de 1949. Um motivo de júbilo para todos nós.
A diretoria do Clube 7 de Setembro, nesta magna data, congratula-se com todos os associados e com o povo em geral, e renova seus propósitos de contribuir para o progresso de nossa terra com a conclusão, em meados do próximo ano, da nova sede do clube, empreendimento que está sendo possível graças à contribuição espontânea e animadora, de todo o quadro social.
Que o povo de Morretes, irmanado, sagre de vitória ao acesso, como cantou Silveira Netto, para nossa felicidade.
Tenho dito.
Olá Ligia, mais uma vez parabéns pelo belo trabalho de mostrar as coisas da nossa Morretes.
ResponderExcluirSe você achar que vale a pena, coloque esta matéria que pesquisei e está no anexo.
Abraços.
Saudações Morretenses
Éric Hunzicker
Oi Ligia, meus votos foram para a 2, 3, 10 e 14.
ResponderExcluirBjs
Patricia