quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Hino a Rocha Pombo

Homenagem a Rocha Pombo (3º a partir da esquerda) no Colégio Baptista,
 Rio de Janeiro - 1933, por ocasião da sua eleição para a
Academia Brasileira de Letras

(Dedicado à cidade de Morretes, à sua mocidade e ao seu povo, em homenagem ao primeiro centenário de nascimento do grande escritor, que transcorrerá em dezembro de 1957).

                                  Letra de Francisco Pereira da Silva
                                 Música do maestro Angelo Antonello,
                                regente da Banda da Força Militar do Estado


Celebremos agora o centenário,
de um notável, emérito escritor,
cujo longo trabalho extraordinário,
deve ter o nosso unânime louvor!

Estribilho:

Salve, salve Rocha Pombo,
cuja pena varonil,
escreveu para honra nossa,
a sua “História do Brasil”.

No estudo encontra a fonte apetecida,
e sem resquícios de vaidade vil,
vai consumindo os anos de sua vida,
a escrever a vida do Brasil.

Salve, salve Rocha Pombo, etc.

Tal tributo de amor que nada vence,
traduza ao nobre autor de fibra rara,
o carinho do povo morretense,
na voz do caudaloso Nhundiaquara!

Salve, salve Rocha Pombo, etc.

Que ele receba, ó glória verdadeira,
nesta homenagem póstuma triunfal,
a gratidão da pátria brasileira,
e a saudade de seu berço natal!

Salve, salve Rocha Pombo, etc.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Rocha Pombo - Parte II



José Francisco da Rocha Pombo

Rocha Pombo foi um escritor  incansável  e sua obra literária que abranje história, romance e outros gêneros de prosa atestam  a inteligência privilegiada do jovem morretense.
Iniciou-se na literatura com o romance  A Honra do Barão, publicado em 1881, que foi um grande sucesso. No ano seguinte  Dadá, e outros como Petrucello, Hospício foram também recebidos com euforia pela crítica da época.
A Supremacia do ideal e Religião do Belo, são ensaios de grande elevação moral onde mostra caminhos e exemplos para a juventude.
Nova crença, publicada em 1887,
Visões, em 1888,
Contos e Pontos, em 1911, e
Notas de viagem, em 1918 são  outros trabalhos de Rocha Pombo. Entretanto, foi como historiador que  ele se revelou uma das inteligências mais profundas do Brasil. O Jornal do Comércio, em sua edição do dia 21 de maio de 1922, assim escreveu a respeito do historiador: É hoje o maior historiador do Brasil. Os seus vastos conhecimentos, a sua já longa prática de historiógrafo, a sua instrução geral, deram-lhe naturalmente uma posição excepcional nas nossas letras.  
Seus primeiros ensaios como historiador foram os livros História da América e o Paraná no centenário, ambos publicados em 1900. Em Rocha Pombo é admirável o seu amor à terra natal, demonstrado nos livros a História do Paraná e Nossa Terra.
Entre os anos de 1905 e 1917, escreveu a sua grandiosa obra História do Brasil, em dez volumes, que segundo Rodolfo Garcia representa, no setor, a mais considerável obra da nossa literatura pela superfície imensa que cobriu - das origens do Brasil aos dias presentes.
Pelo exíguo espaço disponível deixo de relacionar outros títulos da imensa produção literária de Rocha Pombo, que foi eleito para a Academia de Letras do Paraná, para o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e mais tarde para a Academia Brasileira de Letras, onde infelizmente não chegou a tomar posse, tendo falecido aos 75 anos, no dia  26 de junho de 1933.
Seu corpo foi sepultado no Rio de Janeiro, onde vivia, porém, em 1966 seus despojos foram entregues a Academia Paranaense de Letras, em Curitiba. Uma comissão organizada por esta instituição levou a urna com seus restos mortais para  a sua cidade natal, Morretes, onde foi inumada na praça pública que leva o seu nome. 

"A criatura temporal irá para a terra, mas o que houver nela de divino ficará eternamente no mundo como herança dos que vão aos que têm de vir"   Rocha Pombo



Em 3 de dezembro de 1966 o mais ilustre filho de Morretes retorna a sua terra natal.





quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Rocha Pombo


Busto de Rocha Pombo
Praça Rocha Pombo - Morretes



José Francisco da Rocha Pombo historiador, professor, jornalista, deputado provincial, precursor na fundação da Universidade do Paraná, nasceu no dia 4 de dezembro de 1857, no Anhaia, pitoresco sítio da cidade de Morretes.

Aos 18 anos assumiu a regência de uma cadeira de ensino primário, na localidade em que nascera. O magistério deve ter influenciado seu espírito, encaminhando-o para a carreira das letras e foi no jornalismo que Rocha Pombo iniciou sua vida literária.

Seguidor das idéias republicanas fundou em Morretes no ano de 1879 o semanário “O Povo”, em que debate temas de grande interesse social, entre eles os que dizem respeito ao abolicionismo e à República. 
Em 1880 transferiu-se para Castro, onde continuou a lida jornalística e em 1883 dirigiu “Ecos dos Campos”, em Curitiba em 1886 - a “Gazeta Paranaense”, em 1887 - o “Diário Popular”, e em 1892 o “Diário do Comércio”.

Transferindo sua residência para o Rio de Janeiro em 1897, tornou-se assíduo colaborador do “Correio da Manhã”, um dos mais importantes veículos da imprensa brasileira da época.

Embora não sendo político militante destacou-se como legislador - Deputado Provincial (1886/1887), e em 1916/1917, quando Deputado ao Congresso Legislativo do nosso Estado.

Como desejava ver sua terra enriquecida pela cultura idealizou a criação de uma Universidade em Curitiba. Seu projeto foi aprovado através da Lei Estadual nº63. Rocha Pombo chegou a organizar programas e regulamentos, e lançou a pedra fundamental do futuro edifício na Praça Ouvidor Pardinho, em 1892. O Governo Federal que não aprovou a iniciativa e a eclosão da Revolução Federalista de 1894 puseram por terra seus planos. Curitiba ganhou sua Universidade em 1912 – Victor Ferreira do Amaral e Nilo Cairo foram os grandes batalhadores e vencedores dessa causa, mas na história da nossa Universidade o nome de Rocha Pombo é uma referência viva até os dias atuais.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Dia da Bandeira

Morretenses!
Está hasteada a Bandeira do Brasil!


Morretes também quis se associar às grandes homenagens que hoje estão sendo tributadas em todo território brasileiro, ao símbolo nacional, um dos mais lindos do mundo, fruto da maravilhosa inspiração de Teixeira Mendes!
Belo exemplo de patriotismo dos Morretenses, bela prova de civismo!

O dia de hoje, consagrado ao pavilhão nacional, tem, como vós todos sabeis, inexcedível significação. Estas comemorações, estas grandes homenagens à Bandeira, terão o mérito de mais fortalecer em nós o amor pelo Brasil e de incutir no espírito das crianças que estão dando os primeiros passos nos estabelecimentos de ensino primário, o sentimento do patriotismo. Como é bonito e quanto merecimento! Que mais adorarmos neste mundo senão a nossa Mãe!? E o que é a Pátria senão a Mãe de todos os brasileiros? E o que é a Bandeira senão o símbolo sagrado dessa mesma grande Pátria?

Auriverde pendão da minha terra
Que a brisa do Brasil beija e balança
Estandarte que à luz do sol encerra
As promessas divinas da esperança

Aí está, como o proclamou Castro Alves, em belíssimos versos brasileiros. Cores vivas retratando a exuberância dos nossos vegetais, a policromia das nossas flores, a imensidão dos nossos mares, a magnificência do nosso firmamento! E o dístico que lhe recorta o círculo estrelado ORDEM E PROGRESSO. Que mais poderemos desejar, nós, brasileiros, senão Ordem e Progresso? E isso tudo estamos tendo, mercê da clarividência do atual governo que acaba de promulgar a Constituição mais adequada, mais de molde a servir a todos os brasileiros dentro das suas necessidades, da sua índole e da sua raça.
A bandeira do Brasil, como a bandeira de todos os povos, tem sido o culto das suas tradições. Ela é, como diz bem o Hino à Bandeira Nacional, o pavilhão da justiça e do amor. Da justiça, porque sob a sua imagem nos bateremos por todas as causas justas. Do amor, porque sob sua imagem confraternizam os brasileiros nos dias das festas comemorativas das grandes datas nacionais.
Morretenses!

O Professor Fernando de Magalhães, a convite do Sr. Ministro da Educação, compôs a seguinte oração à Bandeira, que lerei para aqueles que não tiveram a ventura de vê-la nos jornais que a publicaram:

Bandeira da minha terra
Sobes para o topo azul ao bafejo dos ventos! Desfraldas glórias e acenas esperanças quando estrugem os acordes do hino da nação. Recordas no entusiasmo das consagrações, a bravura de teus mortos e a nobreza de teu fausto. Refletes a natureza em tua eterna formosura de redenção e de liberdade.
Na hora de tua exaltação, Bandeira do Brasil, cada qual olha para o passado em ato de reconhecimento pelo que ele produziu de meritório e de exemplar, ensinando o otimismo justo, trânsito dos vaticínios afortunados.
Por ti, Bandeira do meu berço, guardaremos uma fé transbordante no destino da nossa gente. Por ti, todos sentirão o consolo do trabalho e lutarão pela utilidade da vida. Por ti, o enlevo da terra exuberante e o amor do povo tranqüilo dissiparão, nos dias radiosos da história, as nuvens de apreensões e de mágoa. Por ti, a harmonia encantadora das coisas celebrará a concórdia prometedora dos homens.
Bandeira do Brasil envolve-nos nas tuas promessas deslumbrantes! Só assim saberemos morrer na silenciosa tarefa de preparar a Pátria feliz e abundante, Bandeira da minha terra, Bandeira do Brasil!


Tenho dito.

Discurso proferido na Praça Cel. Rômulo Pereira, em 19 de novembro de 1937





quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Resultado das enquetes

Aos amigos do blog DEBONATENHODITO meus agradecimentos pela participação nas enquetes em comemoração dos 277 anos de Morretes.
Para vocês aqui vão os resultados.

Paisagem urbana - foto nº 02 - com 31%:

 
Vista do Marumbi

Paisagem rural - foto nº 05 - com 29%:  


Complexo do Marumbi

Casario antigo - 1º lugar - foto nº 10 - com  66%:             




2º lugar - foto nº 01 - com 55%:



3º lugar - fotos nº 02 e 03 - com 44% cada:





 Com abraços
Ligia De Bona

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Aniversário de Morretes - Parte IV - Casario antigo


Morretes fundada no século XVIII (1733) conserva muitas casas e igrejas em estilo colonial, algumas delas tombadas pelo Patrimônio Histórico Estadual.
Abaixo vocês podem admirar alguns exemplares deste estilo arquitetônico e outros mais recentes nas ruas da cidade.

Foto 01

Foto 02

Foto 03

Foto 04
No ano de 1880 estas duas casas hospedaram D. Pedro II e sua comitiva, 
quando se dirigiam ao litoral, onde o Imperador lançaria
a pedra fundamental da Estrada de Ferro Curitiba Paranaguá.


Foto 05
Nesta Casa viveu e morreu Antônio Vieira dos Santos,
autor da Memória Histórica, Cronológica, Topográfica e Descritiva,
da Villa de Morretes e do Porto Real, publicada em 1851.


Foto 06

Foto 07

Foto 08

Foto 09


Foto 10


Foto 11
 

Foto 12


Foto 13 - Igreja de São Sebastião


Foto 14 - Igreja de São Benedito



 Foto 15



sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Aniversário de Morretes - Parte III - Discurso

Discurso proferido no dia 31 de outubro de 1949


Com a imponência dos morros altivos,
Que o embate dos anos não vence,
Eia, alerta! Troféus redivivos!
Eia, glórias do lar Morretense.

Ao entrarmos no dia de Morretes, sentimo-nos impulsionados a expandir nossa alegria, rendendo graças a Deus pela felicidade e prosperidade que desfrutamos hoje, resultado dos nobres e elevados sentimentos e capacidade de trabalho, dos seus amorosos filhos e dedicados amigos.
Comemoramos, neste momento, o ducentésimo décimo sexto aniversário do ato dos Oficiais da Câmara da Vila de Paranaguá, demarcando 300 braças de terra em nome de El Rei, no local em que residia o rendeiro João de Almeida.
Lembremos Nossa Senhora do Porto, sob a invocação da qual, por provisão do bispo de São Paulo, em 29 de abril de 1812, nossa terra foi elevada à categoria de freguesia.
Recordemos a data de 1º. de março de 1841 que elevou Morretes a vila, em seguida ao que, pela Lei nº. 188, de 24 de maio de 1869, fomos finalmente elevados à categoria de cidade.
Recordemos a fase áurea de Morretes, a sua contribuição para a Guerra do Paraguai, em que o Batalhão nº. 70, sob as ordens do Tenente Vaz Lobo, pagou com sangue o tributo do seu patriotismo, cumprindo assim os deveres de brasileiros. Volvamos nossas vistas para a opulência de 1880, os inúmeros engenhos de erva-mate, as minas de Penajoia, a vida social e literária, as tertúlias de Fernando Amaro, a presença do Morretense Manoel Alves de Araújo, como ministro do Império, a promoção de Frederico Ferreira de Oliveira, aqui nascido, para almirante da Esquadra Brasileira, o abade Escolástico de Faria, que teve a terra Nhundiaquarense como berço, e foi grande em sua vida de santo e de sábio. O aparecimento de O Povo, em sua campanha republicana, sob a direção do então esperançoso jovem Rocha Pombo, assistido pelo poeta de Sempre Vivas, José Moraes.
Voltemos nossos pensamentos para as lutas pela sobrevivência, logo que a estrada de ferro, por doloroso paradoxo, no afã de estender o progresso para o planalto, tirou da nossa terra a primazia da indústria e do comércio. Morretes decaiu, porém não esmoreceu. Seus filhos trabalharam, modificaram seus meios de subsistência, e eis que, após quarenta anos de pouco ou quase nenhum desenvolvimento trilhamos novamente a senda do progresso.

E o proclame o rumor do trabalho,
Semeador das searas eternas,
Como um cântico sacro do orvalho,
Despertando estas plagas maternas!

Morretes de hoje, não é somente berço de recordações felizes. Morretes de hoje é terra integrada no progresso do Paraná e do Brasil, progresso lento, mas por isso mesmo sólido. Desapareceram os engenhos de erva-mate, está inexplorada a Mina Penajoia, não são utilizados os sambaquis, mas temos a nova indústria do açúcar, a continuação das safras aguardenteiras, possuímos a indústria do papel, do papelão, das pastas mecânicas. Grandes lavouras. Comércio honesto e sólido. Temos vida própria.
No campo educacional um ginásio, além do bem disseminado ensino primário. No terreno da assistência social, somos amparados pelas organizações existentes. No que se refere à saúde, temos modernos Posto de Puericultura e Hospital Maternidade. É fato concreto o próximo calçamento da cidade e novo serviço de força e luz.
Aí está o progresso do momento. Eis como nos encontra o 31 de outubro de 1949. Um motivo de júbilo para todos nós.
A diretoria do Clube 7 de Setembro, nesta magna data, congratula-se com todos os associados e com o povo em geral, e renova seus propósitos de contribuir para o progresso de nossa terra com a conclusão, em meados do próximo ano, da nova sede do clube, empreendimento que está sendo possível graças à contribuição espontânea e animadora, de todo o quadro social.
Que o povo de Morretes, irmanado, sagre de vitória ao acesso, como cantou Silveira Netto, para nossa felicidade.

Tenho dito.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Aniversário de Morretes - Parte II - Fotos da área rural

Morretes é uma cidade privilegiada por suas belezas naturais. Quem não conhece ficaria encantado com as paisagens do Porto de Cima, Barreiros, Anhaia, Marumbi, América de Baixo, América de Cima, Sambaqui e outras. Hoje vou postar algumas fotos da área rural e aqueles que desejarem participar da enquete desta semana escolham uma foto, marquem na bolinha à esquerda da enquete e cliquem em VOTAR.
 

Foto 01 - Cachoeira

Foto 02 - Porto de Cima
       
Foto 03 - Agricultura
       
Foto 04 - Trilha
    
Foto 05 - Complexo Marumbi


Foto 06 - Salto dos Macacos
    
Foto 07 - Barreiros


Foto 08 - Gado bovino

Foto 09 - Criação de búfalos
   
Foto 10 - Igreja do Sambaqui