quarta-feira, 30 de junho de 2010

Estrada de Barreiros





O texto abaixo foi transcrito do jornal Diário da Tarde, de 29 de setembro de 1930.


ESTRADA DE BARREIROS

Ontem, domingo, a prefeitura de Morretes inaugurou a estrada de rodagem Morretes-Barreiros. Esse importante trajeto que sulca parte interior do território morretense, ao lado de sua importância comercial tem a histórica que, convém relembrar, foi a primeira via de comunicação. Então simples picada por ali transitaram as primeiras levas desbravadoras da terra paranaense, e consequentemente fizeram-se por ali as primeiras tentativas de transporte de mercadorias que mais tarde acentuou-se, até alcançar períodos áureos de prosperidade e abundância.
Com o correr dos anos a pequena via de comunicação foi perdendo a sua importância, como escoadora comercial, devido a construção da estrada de ferro.
O prefeito Luiz Brambilla achou de suma conveniência, atendendo às necessidades do comércio local, tornar transitável esse valioso trecho que conduz ao porto fluvial do majestoso rio Nhundiaquara, onde existe um próspero povoado denominado Barreiros. Com recursos próprios construiu a aludida estrada, no que foram precisos alguns meses de trabalho incessante.
Ontem ao meio dia aproximadamente, procedeu-se a inauguração da estrada, com a presença do ilustre secretário do Interior e Justiça e Viação Sr. Dr. Ravello Junior, que representava S.Excia o Sr. Dr. Affonso Alves de Camargo, digno Presidente do Estado(...)
O cel. Luiz Brambilla acompanhado de camaristas e do secretário Aguilar Moraes foi ao encontro da comitiva oficial, que vinha em automóveis, pela estrada da Graciosa, na Granja Cary, situada no município de Porto de Cima. Em seguida os autos rumaram para a estrada Morretes-Barreiros, em cujo término encontrava-se uma grande multidão.
Todos os que estavam presentes àquela solenidade tiveram a ocasião de presenciar o desembarque de milhares de cachos de banana, cujo transporte era feito em auto-caminhões.(...)
Após a inauguração o enorme cortejo de automóveis voltou à cidade percorrendo as principais ruas. Em seguida foi oferecido à comitiva oficial, imprensa curitibana e demais convidados um opíparo almoço no Hotel Central.(...)
Após o almoço usou da palavra o Sr. Aguilar Moraes, o Sr. Rabello Junior, Cesar Alpendre e o Sr. Francisco Zicarelli Filho para isso encarregado pelos demais representantes de jornais ali presentes.(...)
Finalmente o Sr. Cel. Luiz Brambilla levantou o brinde de honra ao Sr. Affonso Camargo, Presidente do Estado, pelo que foi muito aplaudido.

ROTARY CLUB DE MORRETES CONVIDA



ROTARY INTERNATIONAL
ROTARY CLUB DE MORRETES
Sede: Casa da Amizade
Rua Antonio Gonçalves do Nascimento, 48
Morretes - Paraná

CONVITE

CONVIDAMOS PARA A POSSE DO PRESIDENTE ELEITO PARA O ANO ROTÁRIO 2010/2011, ÉRIC J. HUNZICKER, QUE OCORRERÁ NO PRÓXIMO DIA 3 DE JULHO DE 2010, ÀS 20:00 HORAS, NA CASA DA AMIZADE.
APÓS O CERIMONIAL HAVERÁ UM SINGELO JANTAR, POR ADESÃO, NO VALOR DE R$ 20,00 POR PESSOA.

Aluízio Estanislau Cherobim
PRESIDENTE

SOLICITAMOS CONFIRMAR PRESENÇA: (41) 9628-5748 ÉRIC / 3462-1989 LUCI / 3462-1514 ALUÍZIO

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Como registrar um comentário no blog

Atendendo solicitações de alguns leitores segue aqui a sequência dos passos necessários para aqueles que desejarem registrar algum comentário no blog debonatenhodito.
















Caso tenha dificuldades de visualização das imagens clique no link abaixo:

http://picasaweb.google.com.br/Ligia.De.Bona/ComoRegistrarUmComentarioNoBlog#

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Estrada de ferro da África do Sul

Como estamos em época de Copa do Mundo e a África do Sul é a sede do grande evento envio a todos um belíssimo vídeo que recebi e acredito que vocês vão apreciar.

Clique no vídeo abaixo:

domingo, 13 de junho de 2010

Centenário de Antônio De Bona, por seus netos

Jeanine, Antônio e Julio



Querido avô e padrinho Antoninho
Vô, certo dia um padre perguntou ao seu amigo:
-Qual é o maior dom que Deus nos deu?
O amigo então respondeu:
- O andar, o falar, se movimentar?
E o padre respondeu:
-A memória!! Você pode não falar, não andar, etc.. Mas na memória, podemos guardar todas as riquezas da nossa vida.
Vô, é por isso que agradeço a Deus por este dom. Poder guardar nossos momentos por mais simples que sejam.
As minhas lembranças me levam à infância, recordando com carinho o seu jeito de ao encontrar seus netos. Substituía um beijo por um aperto nas bochechas nos chamando de “cachorrinho”, expressando o seu imenso amor.
Dos almoços aos domingos, aonde a família se reunia e que cada um tinha uma tarefa. Matar e cozinhar a galinha, maionese batida à mão, o macarrão saindo do cilindro e você supervisionando tudo, para que a mesa sempre estivesse farta de alimentos e alegria de todos reunidos.
Gostava de jogar baralho com os amigos no paiol atrás da casa, mas a festa mesmo era nos intervalos. Com uma churrasqueira de tambor assava carne, ostras, etc.. Servindo a todos acompanhada com a pinguinha de Morretes.
A vó Adélia contava que quando estavam em Morretes você saía cedo para comprar o pão e só retornava na hora do almoço e sem o pão, pois parava em cada esquina e encontrava os parentes e amigos, e a risada rolava solta pela saudade, e assim colocavam o assunto em dia.
Ah! Como era gostoso de se ouvir!
Com o seu jipe azul carregava seus netos aos domingos ao passeio público. Enquanto brincávamos você sentado no banco com seu chapéu não tirava os olhos de nós.
Vô, tenho muitas saudades! Mas o que me orgulho de saber é que carrego sua semente que germinou o Saulo e a Thaís, pessoas especiais como você.
Todos nós somos seu maior tesouro, porque você também é o nosso.
Te amo, Karin.


Vô Antoninho,
Como escrever no diminutivo o meu herói?
Um homem de coração grande, consolador, generoso, vibrante, que fazia tremer tudo em volta, apaixonado pela vida, família, amigos, boa comida e bebida, um baralhinho,...meu avô, meu herói!
Aquele que eu via grande, invencível, que nos levava para lugares indescritíveis, de sonho, como domingos de sol e bichos no Passeio Público, todos os netos viajando na sua “nave” Jipe azul, sacolejando naquelas ruas de macadame, cheios de alegria, pipoca, gritos e correria pra todo lado, e ele atrás de nós arrancando os cabelos e aos berros de “catcharentos!!” (sei lá o que quer dizer!), e outras expressões impronunciáveis carregadas de algo parecido com italiano, até a hora que usava seus super poderes para arrebanhar todos, e levar-nos de volta, sãos, salvos e felizes.
Coisas guardadas na cápsula do tempo chamada coração, fortes, intensas, como o carinho daquelas mãos grandes e brutas, cabelos cheios dos caracóis cor de prata, olhos de um azul sem igual, que não existe nem na paleta de pintura do tio Theodoro, e ainda sinto o seu cheiro, seu calor, o arranhar da barba por fazer, os ecos daquele jeito alto, cheio de simplicidade e carinho de falar.
Lembranças e marcas que ele deixou, coisas do meu avô, que cheio de orgulho e carinho carrego comigo.
Julio




….Perdi meu avô, vô Antoninho, como era chamado lá em casa pela minha mãe, quando tinha 4 anos de idade (pelo menos me lembro tendo esta idade).
As poucas lembranças que tenho de meu avô são de carinho, alegria e energia!
Me lembro chegando nos fundos da casa dos meus avós, local que adorava, com aqueles degraus vermelhos que levavam para a cozinha e de onde minha vó descia para nos saudar.
O vô geralmente estava lá fora e vinha cheio de alegria, apertava minhas bochechas e dizia: “Cadê o cachorreto do vô!”
Depois disto me lembro das histórias que minha mãe contava: todas muito engraçadas, e podia criar imagens de meu avô em minha mente -- Ele se descabelando quando estava nervoso e xingando em italiano! Ele indo buscar coisas na horta dos fundos da casa para minha vó várias vezes enquanto minha vó cozinhava e pedia uma coisa por vez; “Antoninho, vá pegar uma cebolinha!”…”Antoninho, vá pegar salsinha”, etc… E como ele ficava arrancando os cabelos e dizendo para ela pedir TUDO DE UMA VEZ!
Lembro também das histórias sobre o vô colocar as crianças (Jeanine e Júlio) no trem, com este andando, para levá-los passear no Passeio Público, ou quando iam de jipe e as crianças ficavam brigando por tudo, algodão doce, pipoca e ele novamente “ficava arrancado os cabelos”!
Tenho tudo isto na memória e também as histórias emotivas de minha mãe, que contava como se sentiu amparada pelo meu avô, como se fosse uma filha, pois era órfa, nunca conheceu seu pai e tinha apenas 17 anos quando se casou com meu pai, Arnaldo, primogenito do vô Antoninho e vó Adélia.
Bem, é isto que me lembro, e é esta a impressão que guardo na memória: Um homem simples, de grande coração, que amava MUITO a família!....
Claudine Maria De Bona







Vejam também o filme de Antoninho reunido com sua família:



Centenário de Antônio De Bona, por amigos

ANTONIO DE BONA

Não posso precisar em que período de minha vida conheci Antonio De Bona chamado carinhosamente de “Antoninho”. Mas as lembranças mostram-me uma figura simpática, alegre, expansiva, irradiando saúde, muito dado a brincadeiras com seus amigos. Deixou em mim uma impressão das melhores.
O tempo afastou-o de minhas vistas, seja porque ele daqui saiu com a família para viver em outras plagas, e eu por meu turno, também me afastei para, na capital do Estado, fazer o ginásio, o serviço militar, uma curso de Contabilidade e finalmente o retorno para Morretes, onde até hoje permaneço.
Quis o destino que, conhecendo Zelinda num momento trágico, tivesse a partir dali nascido entre nós uma amizade que durou dez anos e que acabou resultando no relacionamento que temos hoje. Em nossa convivência que, para nossa felicidade ultrapassa o tempo de quatro anos, ela sempre me falou do pai como pessoa bondosa, muito humana e extremada em desvelos para com a família e principalmente os filhos, confirmando aquela impressão muito forte de bondade e alegria, que um dia ele me passou.
Por isso merece registro a tão significativa data de 12 de junho do corrente ano, quando, se ainda entre nós estivesse, o bom “Antoninho” estaria fazendo 100 anos.
Parabéns Zelinda e Zeila, ao Arnaldo onde se encontre, e aos demais descendentes de Antônio de Bona.
Nazir

sexta-feira, 11 de junho de 2010

CENTENÁRIO DE ANTÔNIO DE BONA





Filhas de Antonio De Bona prestam sua homenagem:



Antônio De Bona , meu pai

No dia 12 de junho de 1910, véspera do dia de Santo Antônio, nasce em Morretes, um anjo de cabelos cacheados e pele muito rosada chamado Antônio De Bona. Uma simplicidade imensa e um coração transbordando de amor e solidariedade. Casou-se com Adélia e dessa união teve três filhos, Antônio Arnaldo, Zelinda e Zeila.
Com a esposa e os filhos ainda pequenos foi enfrentar a vida em uma serraria num lugar chamado Passa Vinte, 20km adiante de Bocaiúva do Sul. Com as estradas e os meios de transporte muito precários, para atingir o lugar tinha-se que viajar um dia inteiro. Fico imaginando quantas saudades, quanta falta ele sentia dos familiares, dos amigos e de sua querida Morretes
Trabalhou muito deu todo o conforto material de que a família precisava, isto com muito sacrifício, mas a maior herança que ele nos deixou foi o seu exemplo de amor e respeito para com o próximo.
Obrigada meu Deus, pelo pai que o Senhor me deu, sinto orgulho de ser sua filha e seguir seus passos nesta vida.
E também porque hoje sou premiada com a presença de filhos e netos: Júlio, casado com Elinah, pais de Marina e André; Karin casada com Narciso e pais de Saulo e Thaís.
Pai, o senhor é uma das pessoas que me deixam com a sensação de ser eu uma pessoa especial.
Te amo.
Sua filha
Zelinda




Ao meu querido pai





Eu tive a grande graça de tê-lo como pai. A pessoa mais maravilhosa e bondosa que conheci, se tivesse que escolher novamente entre todos os homens do mundo você seria com certeza o meu pai. Amava a todos e tinha um carisma que conquistava. Homem de coração nobre era amigo, irmão, pai, esposo sempre dedicado. Dificilmente vou conhecer outro igual, e nunca poderei escrever tudo o que você foi para mim. Você ficou tão pouco conosco! Sinto tanto sua falta! Parecia que adivinhava que ia partir cedo, pois tinha ânsia de aproveitar a vida e conviver com os parentes e amigos. Ah! Amigos, ele tinha muitos. Visitava-os sempre que podia, não fazendo distinção de classes – a todos tratava com o mesmo carinho e atenção.
Gostava tanto de festas!!! Majestosa deve ser a festa que estão lhe preparando neste ano de seu centenário, tendo tudo que você sempre mereceu. Quisera eu estar ai para celebrar com vocês. Fico aqui com o coração apertadinho de saudades, mas feliz porque sei que está muito bem, junto a Deus e a todos que tanto ama, sempre a nos abençoar. Peço a Deus que permita que um dia possamos nos encontrar para celebrarmos juntos pela eternidade.
De sua filha Zeila, Luiz Fernando, Zair Cândido, Maurício, Sinthia, Fernanda, Paula, Nathália Lorenzzo, Bruno, Sandra, Aleksandro e Patrícia.




Zeila

quarta-feira, 9 de junho de 2010

AMOR MATERNO, por Theodoro De Bona




Theodoro De Bona, além de pintor, como todo artista, possuía também um pouco de poeta e narrou essa história como se fosse sua filha contando o caso. Ele deu o título de Amor materno e foi publicada no jornal Gazeta do Povo, no caderno G, em 16 de maio de 1997. Vale a pena ler...


Uma passagem interessante e até emocionante, aconteceu no Rio de Janeiro quando ali residia, e sua filha Gioconda encontrou 2 filhotes de passarinhos que haviam caído do ninho materno, num abacateiro, na ladeira da Rua Icatú, em Botafogo.

Amor materno

Ia eu subindo a ladeira de Icatu, distraída e contente por mais uma aula terminada no curso primário do Colégio Nossa Senhora de Lourdes, em Botafogo.
O sol descendo atrás da montanha do Corcovado deixava a ladeira em sombra que se alongava cada vez mais, até mergulhar na baia de Botafogo. A ladeira de Icatu tinha forma de espiral e minha casa ficava no alto, podendo dela avistar toda essa espiral da subida.
No jardim da minha casa, meu pai havia plantado um caroço de abacate que em poucos anos tornou-se uma frondosa árvore, na qual os pássaros faziam seus ninhos.
Naquela tarde, certamente um dos ninhos de “rolinhas” existentes no abacateiro tinha caído, e dois filhotes ainda sem penas estavam se arrastando pela calçada em frente à minha casa. Peguei-os e mostrei aos meus pais. Meu pai, embora não censurando meu ato, advertiu-me que os filhotes não poderiam se criar por falta dos cuidados da mãe. Todavia o conselho dele fez o que nós humanos poderíamos ter feito – tentar salvar a vida dos “bebezinhos”. Improvisamos um ninho de algodão, pusemos um pires com água e algumas ervas ao alcance dos bicos dos filhotes. Apesar de todos estes cuidados, no dia seguinte um deles havia morrido e eu choramingava pela vida do segundo. Dobrei meus cuidados procurando por água no seu biquinho com conta gotas. Mas qual não foi a minha satisfação quando meu pai notou que havia uma rolinha dando voltas ao redor da nossa casa piando continuadamente.
Concluímos que deveria ser a mãe dos filhotinhos. Imediatamente colocamos o ninho improvisado na varanda da casa e fechamos a porta de vidro que dava para uma área. Então pudemos constatar a força do amor materno mesmo entre pássaros: a alegria da mãe quando encontrou o filho, os saltos de alegria em volta dele, as carícias e os beijos que se davam!
Feitas as manifestações de grande contentamento a “rolinha mãe” voou para fora para voltar pouco depois, trazendo no bico alimento para seu filho. Por cinco ou seis dias presenciamos contínuos cuidados da “rolinha mãe”, que do clarear do dia ao anoitecer voltava cada hora com alimento para o filho.
Ninguém entrava na área e tudo observávamos através da vidraça da porta fechada.
Mas aconteceu o que prevíamos. O filhote criou forças e penas nesses cinco dias e fazia seus saltos cada vez maiores na área da varanda. Num deles, alcançou o parapeito, que na parte dos fundos era mais alto! Não tive dúvidas, e preocupada que ele caísse e se espatifasse lá embaixo, abri a porta de mansinho e tentei pegá-lo. Ele, porém, sentindo a minha presença deu um salto e foi se apoiar no telhado da casa de baixo.
No outro lado da rua havia uma grande árvore mais baixa que a casa, pois como disse a ladeira de Icatu tem forma espiral em ascendência. E na árvore se encontrava a mãe piando, certamente preocupada com a imprudência do filho. Piando, chorando ou chamando, não sei, mas o fato é que continuava olhando para o filho. Este piando também esboçava um voo de grande audácia! Observávamos tudo do alto da nossa varanda sem nada poder fazer pelas muitas tentativas prolongadas do filhote. Passaram-se minutos, que para mim representaram horas, até que enfim, ele, reunindo todas as suas forças e sua coragem, arrancou voo para chegar junto da mãe que continuava chamando-o e pedindo prudência. O filhote foi perdendo altura, mas avançando sempre, até alcançar a árvore num ramo bem mais baixo daquele em que estava pousada sua mãe.
Havia conquistado a vitória da partida para a sua vida!
De um salto a mãe alcançou o filho e os dois desapareceram entre as folhagens da floresta.




Além de artigos para jornais e revistas escreveu Curitiba - Pequena Montparnasse, livro publicado em 1982, excelente obra onde relata fatos inéditos e curiosos que marcaram sua vida. Pleno de qualidades éticas como homem/pintor seus depoimentos mostram a responsabilidade dele para com a sociedade. Participou do grupo que plantou as bases do movimento artístico pictórico no Paraná e sempre procurou resgatar a memória daqueles que lutaram por um ideal artístico.

De Bona em seu ateliê

De Bona em Morretes

Theodoro De Bona, por Iracema De Bona Foltran

Auto retrato - 1945

No dia 11 de junho deste ano, o nosso inesquecível Theodoro De Bona completaria 106 anos. Foram 80 anos bem vividos, dedicados à arte, ao trabalho, à família, mas infelizmente numa triste tarde de primavera, no dia 20 de setembro de 1990, ele partiu, depois de 6 anos de uma fase difícil afastado da pintura que ele tanto amava, acometido por uma enfermidade; deixando assim uma grande lacuna em nossas vidas. Não temos palavras para expressar a falta que ele nos fez, o que nos conforta são as boas lembranças, seu carinho, sua bondade, sua arte, seu amor como pai e esposo, seu grande exemplo de vida, que ficarão gravados eternamente em nossos corações.
Ele foi o alicerce, juntamente com D. Argentina na construção de uma família sólida e estruturada (filhas, genros, netos). Agradecemos a Deus pelos anos felizes que desfrutamos de sua companhia. Ah! Quantas saudades... quem dera pudéssemos parar no tempo... Quanta alegria em ver os netos encaminhados e a bisneta maravilhosa Maria Antônia (filha de Fernando e Cassiara)!!! Mas, acreditamos, que no plano espiritual ele e D. Argentina estão felizes admirando os frutos crescidos germinados da boa semente que plantaram.





Achamos interessante, registrar aqui, algumas passagens de sua vida.


Em 1934, a rainha da Itália, desejando enriquecer a Imortal Galeria da Victoria, instituiu um concurso tendo como assunto um episódio da 1ª Grande Guerra. 2.480 concorreram, foram classificados para a prova final apenas 48 trabalhos. Entre eles o de Theodoro De Bona, que recebeu um prêmio de 2.000 liras e todas as despesas pagas para viagem e a reprodução do trabalho que permanece entre as obras da Galeria do Risorgimento: o quadro foi adquirido pelo município de Longarone, pois reproduziu a resistência da ponte de Vidor, em novembro de 1917.
Vários outros quadros figuram em museus italianos, entre eles, este “Paese sotto La neve”, adquirido pelo rei da Itália.

Óleo sobre tela : Paese sotto La neve









quarta-feira, 2 de junho de 2010

Corpus Christi em Morretes


Procissão de Corpus Christi



Corpus Christi é uma festividade especial dedicada a Eucaristia, que teve início na cidade de Liége, na Bélgica, em 1239, com data fixada para a quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade pelo Papa Urbano IV. Como em todos os lugares do mundo católico, Morretes realizou esta celebração a partir de 1967, com a chegada do Padre Valter Zimorvinski. Este evento criou um novo panorama, pois querendo demonstrar o seu grande amor por Cristo na Eucaristia, espalhou flores por uma das ruas onde passaria a procissão.
A partir daí todos os anos a cidade prepara desenhos a serem pintados e enfeitados, mantendo assim esta tradição até os dias atuais.


Preparando a decoração da rua


A procissão de Corpus Christi dia 3 de junho de 2010, terá início após Missa Solene às 10:00hs. na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Porto.

Visualize abaixo o convite para a festa de Corpus Christi expedido pela prefeitura: