quarta-feira, 2 de abril de 2014

CENTENÁRIO DE MARCOS LUIZ DE BONA





Marcos Luiz De Bona nasceu em Morretes, no dia 29 de abril de 1914. Seus pais, Antônio De Bona e Cezira Bertazoni, vieram da Itália no final do século XIX, se fixaram em Morretes e aqui tiveram os  filhos: Santos, Tereza, Theodoro, Maria Palmira, Antônio e Marcos que nasceram e cresceram na Estrada do Anhaia, na casa retratada pelo meu tio Theodoro.


Iniciou seus estudos sob orientação de grandes pioneiras do magistério morretense: Professoras Maria Rosa Rocha Pombo Loires (irmã do historiador Rocha Pombo), Anita Rocha e Maria Luiza Merkle.

Aos 18 anos de idade já participava da vida intelectual da cidade. Com muita facilidade para discursar e escrever foi colaborador dos jornais Morretes Esportivo e Eco Morretense. De 1934 a 1959 foi decano dos correspondentes do Diário da Tarde, Estado do Paraná e Gazeta do Povo.

Em julho de 1938 casou com Olga Brambilla e teve três filhos: Ligia, Marcos Luiz (falecido) e Eliane.


Em 1945, ao findar a Segunda Guerra, foi o orador oficial na homenagem prestada aos morretenses, ex-pracinhas da Força Expedicionária Brasileira que voltavam da Itália.

Sempre ligado aos interesses da coletividade participou da criação do Ginásio Municipal Rocha Pombo, do Hospital e Maternidade de Morretes, da Escola Técnica de Morretes, da OPALA – Operação Paraná na Luta contra o Analfabetismo e do Centro Morretense, em Curitiba. 

Nascido de família católica nunca se distanciou da religião dos seus pais, e era colaborador incansável das festas e campanhas em favor da igreja, seja na paróquia de Morretes, seja nas capelas dos diversos sítios da cidade.

Eleito para o cargo de Vereador, pela primeira vez em 3 de outubro de 1955, teve gestão atuante entre seus pares e participou de outras legislaturas.

Como funcionário público foi Escrivão, Coletor Federal e nos últimos anos da sua vida ocupou o cargo de Controlador da Arrecadação Federal, hoje extinto e unificado a carreira de Auditor Fiscal do Tesouro Nacional.

No que diz respeito à sua vida entre os colegas da Receita Federal era um líder nato na procura de melhorias para a classe.

Formou-se Contador pela Academia Paranaense de Comércio, e em 1968, Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Curitiba.

Mesmo residindo em Curitiba continuou se interessando pelas coisas de Morretes, pelas pesquisas históricas, que era muito do seu gosto e que justificou o seu ingresso como sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.

Desde jovem colecionou notícias da nossa cidade, publicadas em jornais, que deram origem a 6 álbuns de recortes sendo o primeiro de 1898.

No dia 31 de outubro de 1977, quando já residia em Curitiba, foi-lhe concedido o título de Cidadão Benemérito de Morretes. Nessa ocasião em que discursou emocionado e agradecido, fez um retrospecto de suas atividades em Morretes.


Faleceu aos 68 anos de idade, na cidade de Curitiba, no dia 15 de junho de 1982. Seu corpo foi sepultado no Cemitério Santa Esperança em Morretes.


Em 6 de setembro do mesmo ano a Câmara Municipal de Morretes aprovou e o seu Prefeito Marcy Alves Pinto sancionou a Lei nº 787, que denominou de Marcos Luiz De Bona a rua que também é conhecida como Estrada do Anhaia, local do seu nascimento.

* 29/04/1914
+ 15/06/1982


Um comentário:

  1. Oi minhas queridas primas, Eliane e Ligia...
    É muito gratificante, quando temos exemplos de pessoas como tio Marcos, um ser humano dos mais completos, conseguia por onde passava, deixar escrito no livro da vida, amor, solidariedade, respeito e gratidão..
    Agradeço muito a Deus por ele ser o meu padrinho de batismo e meu querido tio.

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