Marcos
Luiz De Bona nasceu em Morretes, no dia 29 de abril de 1914. Seus pais, Antônio
De Bona e Cezira Bertazoni, vieram da Itália no final do século XIX, se fixaram
em Morretes e aqui tiveram os filhos: Santos, Tereza, Theodoro, Maria
Palmira, Antônio e Marcos que nasceram e cresceram na Estrada do Anhaia, na
casa retratada pelo meu tio Theodoro.
Iniciou
seus estudos sob orientação de grandes pioneiras do magistério morretense:
Professoras Maria Rosa Rocha Pombo Loires (irmã do historiador Rocha Pombo),
Anita Rocha e Maria Luiza Merkle.
Aos
18 anos de idade já participava da vida intelectual da cidade. Com muita facilidade
para discursar e escrever foi colaborador dos jornais Morretes Esportivo e Eco
Morretense. De 1934 a 1959 foi decano dos correspondentes do Diário da Tarde,
Estado do Paraná e Gazeta do Povo.
Em
julho de 1938 casou com Olga Brambilla e teve três filhos: Ligia, Marcos Luiz
(falecido) e Eliane.
Em
1945, ao findar a Segunda Guerra, foi o orador oficial na homenagem prestada
aos morretenses, ex-pracinhas da Força Expedicionária Brasileira que voltavam
da Itália.
Sempre
ligado aos interesses da coletividade participou da criação do Ginásio
Municipal Rocha Pombo, do Hospital e Maternidade de Morretes, da Escola Técnica
de Morretes, da OPALA – Operação Paraná na Luta contra o Analfabetismo e do Centro
Morretense, em Curitiba.
Nascido
de família católica nunca se distanciou da religião dos seus pais, e era
colaborador incansável das festas e campanhas em favor da igreja, seja na
paróquia de Morretes, seja nas capelas dos diversos sítios da cidade.
Eleito
para o cargo de Vereador, pela primeira vez em 3 de outubro de 1955, teve
gestão atuante entre seus pares e participou de outras legislaturas.
Como
funcionário público foi Escrivão, Coletor Federal e nos últimos anos da sua
vida ocupou o cargo de Controlador da Arrecadação Federal, hoje extinto e
unificado a carreira de Auditor Fiscal do Tesouro Nacional.
No
que diz respeito à sua vida entre os colegas da Receita Federal era um líder
nato na procura de melhorias para a classe.
Formou-se
Contador pela Academia Paranaense de Comércio, e em 1968, Bacharel em Direito
pela Faculdade de Direito de Curitiba.
Mesmo
residindo em Curitiba continuou se interessando pelas coisas de Morretes, pelas
pesquisas históricas, que era muito do seu gosto e que justificou o seu
ingresso como sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.
Desde
jovem colecionou notícias da nossa cidade, publicadas em jornais, que deram
origem a 6 álbuns de recortes sendo o primeiro de 1898.
No
dia 31 de outubro de 1977, quando já residia em Curitiba, foi-lhe concedido o
título de Cidadão Benemérito de Morretes. Nessa ocasião em que discursou
emocionado e agradecido, fez um retrospecto de suas atividades em Morretes.
Faleceu
aos 68 anos de idade, na cidade de Curitiba, no dia 15 de junho de 1982. Seu
corpo foi sepultado no Cemitério Santa Esperança em Morretes.
Em
6 de setembro do mesmo ano a Câmara Municipal de Morretes aprovou e o seu
Prefeito Marcy Alves Pinto sancionou a Lei nº 787, que denominou de Marcos Luiz
De Bona a rua que também é conhecida como Estrada do Anhaia, local do seu
nascimento.
* 29/04/1914 + 15/06/1982 |
Oi minhas queridas primas, Eliane e Ligia...
ResponderExcluirÉ muito gratificante, quando temos exemplos de pessoas como tio Marcos, um ser humano dos mais completos, conseguia por onde passava, deixar escrito no livro da vida, amor, solidariedade, respeito e gratidão..
Agradeço muito a Deus por ele ser o meu padrinho de batismo e meu querido tio.