Outubro chegou com vários motivos para comemorações: dia da Padroeira do Brasil, dia da Criança, dia do Professor e dia do Médico entre outros, todos merecedores de festas.
Hoje quero homenagear a mestra morretense que se destacou na nossa cidade pela dedicação e amor ao magistério, inteligência, dignidade e honradez - Dona Dulce Serôa da Motta Cherubin.
Seu falecimento foi noticiado no jornal " O Dia" , em 21 de março de 1956, cujo original integra a coleção do meu pai, e por motivos técnicos deixo de fotografar e publicar.
Morretes a saudosa mestra
Hoje quero homenagear a mestra morretense que se destacou na nossa cidade pela dedicação e amor ao magistério, inteligência, dignidade e honradez - Dona Dulce Serôa da Motta Cherubin.
Seu falecimento foi noticiado no jornal " O Dia" , em 21 de março de 1956, cujo original integra a coleção do meu pai, e por motivos técnicos deixo de fotografar e publicar.
Morretes a saudosa mestra
O recente falecimento da profª
Dulce Serôa da Motta Cherubin consternou profundamente a sociedade morretense
onde a extinta gosava da mais alta consideração. Era filha do venerável casal
Francisco Serôa da Motta Sobrinho e Maria Carmela Serôa da Motta, irmã dos srs
Almir e Rubens Serôa da Motta, esposa do Sr. Guilherme Cherobin, mãe dos jovens
Mauro, Marisa, Mirtes e Dulce Maria.
Dotada de rara Inteligência, dona
de uma cultura e pendores pedagógicos que herdou dos seus pais e transmitiu aos
seus filhos a professora Dulce fez por merecer as homenagens póstumas que lhe
tributou o povo de Morretes.
Ao baixar o corpo à sepultura falou
em nome de suas colegas a professora Terezinha Gnatta, diretora do Ginásio
Estadual Rocha Pombo que pronunciou as seguintes palavras:
“Em nome do grupo escolar Miguel
Scheleder, em nome do ginásio estadual Rocha Pombo e em nome da escola Técnica
de Morretes cumpro o ingrato dever de prestar a nobre e boa colega d. Dulce
Serôa da Motta Cherobin as nossas últimas homenagens.
Era meu dever dizer das
qualidades de educadora da professora finada, mas elas já são sobejamente
conhecidas dos colegas que com ela labutaram como também dos que desde a sua
nomeação por decreto nº 1001, de 31 de dezembro de 1930, foram seus alunos e do
povo morretense em geral. E não somente suas qualidades como educadora, mas
sobretudo suas qualidades como mulher digna do respeito e veneração da
sociedade uma vez que foi filha
dedicada, espôsa exemplar, mãe extremosa e amiga sincera e prestativa.
A ela devemos todos e
principalmente Morretes lhe deve a imorredoura gratidão pelo muito que fez a
Morretes. Por isso a sua memória reverenciada por todos permanecerá sempre em
nossos corações.
Sejam as minhas palavras de
homenagem um louvor a sua dedicação, a sua humildade e a sua inteligência. E
que traduza o pranto sincero com que nos despedimos da grande colega e amiga.
Que Deus a acolha em seu seio!”
Em seguida falou despedindo-se da
querida mestra a aluna Vera Lúcia Jazar, com a seguinte oração:
“Os ex-alunos da querida e
dedicada professora d. Dulce, associando-se as manifestações de pesar pelo seu
falecimento, como os demais rendem homenagem as suas preciosas virtudes. E para
traduzir o que lhes vai pelo coração nada melhor do que exaltar a sua memória
com a leitura de uma poesia que ela mesma escreveu e que dedicou a uma de suas
filhas.”
Mirtes, és tão pequena e delicada!
Tens, na graça infantil do teu sorriso,
Acesa uma alvorada,
Aberto um paraíso.
O meneio gentil dos teus gracejos,
A meiguice sem par dos teus olhinhos
Pedem toda a pureza dos meus beijos,
Querem toda a afeição dos meus carinhos.
Quando te vejo, trêfega criança,
Sinto toda a minh’alma embevecida.
Mirtes, a tua vida é uma esperança.
Esperança risonha de uma vida!
Da tua mamãe
DULCE
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