não te limites a orar e derramar o teu pranto
pelos mortos do teu lar.
Esquece por um momento
esta triste convenção.
Eleva o teu pensamento,
escuta teu coração e
ouviras e sentiras - voz de amor dos céus provinda,
o apoio que Deus te faz
pra que subas mais ainda,
para que na tua alma ardente
concentres a magoa, a dor profunda,
imensa candente,
das mães ausentes.
Que a flor trêmula e hialina dos olhos
não podem despetalar,
não podem lançar,
aos molhos no chão duro,
em que, a sonhar
dormem seus filhos gelados, o sono do Além;
Pra que, por esses abandonados,
cujas tumbas ninguém vê,
rezes também com fervor,
o coração em pranto imerso.
Para que exprimas a dor, a angústia,
o pesar sem nome,
Das Mães de todo o Universo!
Poesia de Aguilar Moraes
Publicado no Jornal O Dia, em Finados de 1947
Cemitério Santa Esperança |
Linda poesia. Bjs Lili
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